quinta-feira, 1 de março de 2012

Sem Copa, Record reclama de Fifa e Globo

Emissora questiona a falta de licitação pelos direitos de transmissão dos Mundiais e promete ir à Justiça; Globo diz que a Fifa não tem obrigação de promover concorrência



No dia seguinte ao anúncio oficial de as Copas do Mundo de 2018 e 2022 permaneceriam na grade da TV Globo, a Record veio a público manifestar sua indignação em relação á extensão da parceria firmada entre a emissora concorrente e a Fifa.

Segundo o comunicado, a emissora ficou surpresa com o anúncio da aquisição dos direitos, divulgado nessa terça-feira, 28, pela Fifa e posteriormente pela Central Globo de Comunicação (leia aqui). A Record lembra que, ao final do Mundial de 2010, na África do Sul, o diretor de TV da Fifa, Niclas Ericson, declarou que a entidade promoveria uma concorrência entre as emissoras interessadas para negociar as transmissão das Copas da Rússia e do Qatar. A emissora enfatiza que foram dadas garantias, por parte da Fifa, de que a licitação seria pública, transparente e aberta e que chegou a entregar um documento a Fifa, atestando estar de acordo com todas as regras dessa licitação.

De acordo com o texto da Record, a negociação antecipada da Fifa com a TV Globo diverge do modelo adotado em grande parte dos países da Europa, nos Estados Unidos, Canadá, países asiáticos e em grande parte das Américas do Sul e Central. “É estranho verificar que para o Brasil o método seja outro. Um contrato sem concorrência decidido "fora do horário comercial", sem ser à luz do dia e de forma transparente.”, provoca o texto da Record.

A emissora de São Paulo encerra o comunicado prometendo estudar as medidas judiciais cabíveis, tanto no Brasil quando na Suíca (sede da Fifa), para questionar a cessão dos direitos de transmissão e também declara acreditar na postura das entidades de defesa do livre comércio que combatem “práticas de monopólio, protecionismo e corrupção.”

Na tarde dessa quarta-feira, 29, a Globo decidiu responder às reclamações da TV Record com um outro comunicado, argumentando que a Fifa não tem obrigação legal de promover concorrência para a concessão dos direitos de transmissão de seus torneios. Além disso, a Central Globo de Comunicação destaca que a emissora foi escolhida pela entidade de futebol pelo seu alcance, audiência e qualidade reconhecidos em território nacional.






Fonte:meioemensagem.com.br

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