terça-feira, 24 de maio de 2011

Barack Obama prova o sabor da Irlanda


Em visita de um dia, presidente americano promete ajudar a economia em crise do país



No interior da Irlanda, a 135km de distância de Dublin, o vilarejo de Moneygall foi o centro das atenções do planeta durante alguns instantes desta segunda-feira, 23. O presidente americano, Barack Obama, e sua mulher, Michelle, passaram parte das 12 horas em que permaneceram no país, em visita oficial, no povoado de 298 habitantes (de acordo com censo de 2006).

É de Moneygall um tataravô de Obama — assim como o são os tataravós de outros 37 milhões de cidadãos dos EUA. Segundo agências de notícias, o presidente até conversou com um rapaz de 24 anos que seria seu primo distante. E, por estar na Irlanda, fez como a rainha Elizabeth II na semana anterior e não deixou passar a oportunidade de provar um “pint” (568,26ml) da Guinness, a cerveja preta considerada a quintessência da nação irlandesa.

Mas, ao comentar o sabor de uma Irlanda cuja dívida pública equivale a 101,6% do PIB (segundo o FMI), o estadista falou em amargura.

“Somos, os irlandeses e os americanos, pessoas que nunca param de imaginar um futuro melhor, mesmo em tempos amargos. Somos pessoas que fazem o futuro acontecer por meio de trabalho, sacrifício, do investimento nas coisas que mais importam, como a família e a comunidade”, discursou no mesmo dia, mais tarde, na Praça de College Green, na capital.

De acordo com o portal Irish Times, Obama “prometeu que os EUA farão tudo o que puderem para ajudar a Irlanda no caminho da recuperação econômica”. “Ele disse ter conversado os temas mais urgentes da economia com o Taoiseach [chefe do governo da República da Irlanda, Brian Cowen] e estava feliz de ver progresso na estabilização econômica”, afirma o site.

O FMI aponta que o déficit público da Irlanda é de -6,7% do PIB, e o índice de desemprego está por volta dos 13% — situação melhor apenas que a da Grécia, com 14,6% da população sem emprego, e da Espanha, com 19,3%.

A Guinness, a marca de cerveja com mais de 250 anos hoje controlada pela Diageo, emprega diretamente mais de 2 mil irlandeses e, estima-se, gera outros 30 mil empregos indiretos na Irlanda. A empresa é também um dos maiores exportadores do país, com 75% da exportação de cervejas, e aproximadamente 40% desse montante tem como destino a África, continente que concentra a maior parte dos consumidores da bebida provada por Obama.


Fonte:meioemensagem.com.br

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